Santo do dia – São Carlos Lwanga e companheiros

Neste dia, celebramos a memória destes grandes mártires que, na África, testemunharam o nome de Jesus. Carlos Lwanga era chefe dos pajens, que serviam na corte do rei Muanga da Uganda.

Acontece que a entrada da evangelização na África sofreu muito pelas invasões dos homens brancos, por isso os missionários tinham que ser homens verdadeiramente de Deus, ou seja, de caridade, pois facilmente eram confundidos como colonizadores. Depois da entrada dos padres que fizeram um lindo trabalho de evangelização que atingiu Carlos Lwanga e outros, o rei se revoltou e decretou pena de morte para os que rezassem.

São Carlos, depois de muito se preparar junto com seus companheiros, apresentou-se diante do rei com o firme propósito de não negar a fé, por isso foi queimado vivo diante de todos. Seguindo o irmão na fé, nenhum deles renegou, até que, em 1887, o último deles morreu afogado, como parte dos corajosos mártires de Uganda, na África.

São Carlos Lwanga e companheiros, rogai por nós!

Santo do dia – São Justino.

Nasceu na Palestina, na cidade de Siquém, em uma família que não conheceu Jesus. Justino buscou  a verdade com aquilo que tinha. Providencialmente, essa sede pela verdade pôs em sua vida um ancião que se aproximou dele para falar sobre a filosofia, apresentando-lhe o ‘algo mais’ que faltava. Falou dos profetas, da fé, da verdade, do mistério de Deus e apresentou Jesus Cristo.

Justino se tornou um grande filósofo cristão, sacerdote, um homem que buscou corresponder, diariamente, à sua fé. E depois dos padres apostólicos, ele foi intitulado como o primeiro padre santo. A Sagrada Tradição foi muito testemunhada nos escritos deste santo.

Por inveja e por não aceitar a verdade, um filosofo denunciou São Justino, que foi julgado injustamente, flagelado e, por não renunciar a Jesus Cristo, foi decapitado no ano de 167.

Com fé e razão, nós mergulhamos nosso ser no coração de Jesus, modelo e fonte de toda graça, bênção e santidade.

São Justino, rogai por nós!

Santo do dia – São Paulo VI, papa

João Batista Montini nasceu em Concesio, uma cidadezinha nas proximidades de Brescia, em 26 de setembro de 1897, no seio de uma família católica, muito comprometida com a política e a sociedade.

No outono de 1916, entrou para o seminário em Brescia e, quatro anos depois, recebeu a ordenação sacerdotal na catedral. Foi enviado a Roma para continuar a estudar filosofia, a Pontifícia Universidade Gregoriana, e Ciências Humanas na universidade estadual. Formou-se em Direito Canônico, em 1922, e em Direito Civil, em 1924.

Ofícios no Vaticano

Em 1923, Montini recebeu seu primeiro encargo pela Secretaria de Estado do Vaticano, que o designa à Nunciatura Apostólica de Varsóvia. No ano seguinte, foi nomeado Minutador. Naquele período, participou, de perto, das atividades de estudantes universitários católicos, organizadas pela FUCI, da qual foi assistente eclesiástico nacional, de 1925 a 1933.

João Batista Montini foi um estreito colaborador do Cardeal Eugênio Pacelli, ao lado do qual permaneceu sempre, até quando foi eleito Papa, em 1939, com o nome de Pio XII. Foi Montini que preparou o esboço do inútil extremo apelo pela paz, que o Papa Pacelli lançou, através do rádio, em 24 de agosto de 1939, às vésperas do grande conflito mundial: “Com a paz, nada se perde! Com a guerra, pode-se perder tudo!”

Da Igreja Ambrosiana ao Trono Pontifício

Em 1954, João Batista Montini tornou-se, repentinamente, Arcebispo de Milão. Com isto, demonstrou o verdadeiro pastor oculto em si, dedicando atenção especial aos problemas do mundo do trabalho, à imigração e às periferias: promoveu a construção de mais de cem novas igrejas, lugares apropriados para desenvolver sua “Missão de Milão”, em busca dos “irmãos distantes”.

Dom Montini recebeu, antes, a púrpura cardinalícia de João XXIII, em 15 de dezembro de 1958, e participou do Concílio Vaticano II, onde apoiou, abertamente, a linha reformadora.
Após a morte de Ângelo Roncalli, foi eleito Papa, em 21 de junho de 1963, escolhendo o nome de Paulo, com uma clara referência ao Apóstolo dos Gentios.

A força reformadora do Concílio

Um dos objetivos fundamentais de Paulo VI foi dar continuidade, em todos os aspectos, à obra do seu predecessor. Por isso, retomou os trabalhos do Concílio Vaticano II, conduzindo-os com atenciosas mediações, favorecendo e moderando a maioria reformadora, até à sua conclusão, em 8 de dezembro de 1965. Mas, antes, foi anulada a mútua excomunhão, ocorrida, em 1054, entre Roma e Constantinopla.
Coerente com a sua inspiração reformadora, atuou uma profunda ação transformadora das estruturas do governo central da Igreja, criando novos organismos para o diálogo com os não cristãos e os infiéis, instituindo o Sínodo dos Bispos e encaminhando a reforma do Santo Ofício.

Comprometido com a difícil tarefa de implementar e aplicar as orientações, que emergiram no Concílio Vaticano II, Paulo VI deu impulso também ao diálogo ecumênico, mediante encontros e iniciativas relevantes. O impulso renovador, no âmbito do governo da Igreja, traduziu-se, depois, na reforma da Cúria, em 1967.

As Encíclicas em diálogo com a Igreja e com o mundo

O desejo de Paulo VI de dialogar no âmbito eclesial, com as várias confissões e religiões e com o mundo, esteve ao centro da sua primeira encíclica “Ecclesiam suam” de 1964, seguida por outras seis, entre as quais a “Populorum progressio” de 1967, sobre o desenvolvimento de os povos, que teve uma ampla ressonância, e a “Humanae vitae” de 1968, dedicada à questão dos métodos de controle da natalidade, que suscitou inúmeras controvérsias, até em muitos ambientes católicos.

Outros documentos importantes do pontificado de Paulo VI foram a Carta apostólica “Octogesima adveniens” de 1971, pelo pluralismo do compromisso político e social dos católicos, e a Exortação apostólica “Evangelii nuntiandi” de 1975, sobre a evangelização do mundo contemporâneo.

A novidade das Viagens Apostólicas

As ideias inovadoras de Paulo VI não se restringiram apenas no âmbito do Vaticano. Ele foi o primeiro Papa a dar início ao costume de fazer viagens, desde a sua eleição: ao período conciliar, remontam suas três primeiras Viagens, das nove, que, durante seu Pontificado, o levaram aos cinco Continentes. Em 1964, foi à Terra Santa, depois à Índia e, em 1965, a Nova Iorque, onde fez um discurso histórico diante da Assembleia Geral das Nações Unidas. Em território italiano, fez dez Visitas pastorais.
A aspiração mundial deste Papa pode ser percebida também na obra de maior ênfase do caráter de representação universal do Colégio Cardinalício e do papel central da política internacional da Santa Sé, sobretudo pela paz. A propósito, instituiu o Dia Mundial da Paz, celebrado todos os anos, desde 1968, no dia 1º de janeiro.

Seus últimos anos e falecimento

A fase final do Pontificado de Paulo VI foi assinalada, dramaticamente, pelos fatos históricos do sequestro e morte do seu amigo, Aldo Moro, pelo qual, em abril de 1978, fez um apelo às Brigadas Vermelhas pedindo a sua libertação, mas em vão.
Paulo VI faleceu, quase improvidamente, na noite de 6 de agosto do mesmo ano de 1978, na residência apostólica de Castel Gandolfo, e foi sepultado na Basílica Vaticana. Foi proclamado Beato, em 19 de outubro de 2014, pelo Papa Francisco, que também o canonizou na Praça de São Pedro, em 14 de outubro de 2018.

Oração de Paulo VI

Eis a oração que Paulo VI rezava nos momentos de dificuldade:
Senhor, eu creio; eu quero crer em vós.

Senhor, fazei que a minha fé seja plena.
Senhor, fazei que a minha fé seja livre.
Senhor, fazei que a minha fé seja firme.
Senhor, fazei que a minha fé seja forte.
Senhor, fazei que a minha fé seja alegre.
Senhor, fazei que a minha fé seja ativa.
Senhor, fazei que a minha fé seja humilde.
Amém.